Ontem, dia 1º de Maio, a União Geral dos Trabalhadores – UGT, segunda maior sindical do país abriu a exposição ‘Os Trabalhadores e os 100 Anos do Samba. ‘A exposição é a maior a céu aberto já realizada no Brasil. São 30 painéis no formato 3×4 metros sobre um quilômetro de ciclovia. Circulam pela avenida Paulista, segundo dados da CET, mais de 1,5 milhão de pessoas. Até 30 de Maio, a exposição em homenagem ao samba impactará cerca de 50 milhões de pessoas. Entre os homenageados, os pioneiros Donga, considerado o autor do primeiro samba escrito do Brasil, Tia Ciata, negra do candomblé baiano que no início do século escondia sambistas em seu terreiro para que os ensaios acontecessem. Quando surgiu, o samba era um ritmo perseguido e até proibido e são muitas as histórias que cruzam a política e o trabalhador com o ritmo que é a cara do Brasil. Nos painéis, além de Donga e Tia Ciata, Zé Ketti, Lupicínio Rodrigues, Adoniran Barbosa, Clementina de Jesus, Chico Buarque, Dona Ivone Lara, Jair Rodrigues, Martinho da Vila e outros ícones. O projeto é uma idealização e produção impecável da Maná Produções do companheiro André Guimarães. A pesquisa a curadoria é nossa, da DOC Galeria em parceria com o escritor, jornalista e historiador Celso Campos Jr. A escolar de samba Nenê da Vila Matilde fez uma apresentação pocket por volta das 10h da manhã de domingo ensolarada e o presidente da UGT, Ricardo Patah fez a abertura simbólica do evento descerrando um dos painéis. No recado ao microfone, Patah disse algumas palavras e em seguida todos caminharam pela avenida mais famosa de São Paulo. Aos que tiverem oportunidade de passear pela Paulista, convidamos postarem no Instagram com a hashtag #ugt100anosdesamba. É a segunda exposição de 1º de Maio na Paulista que teve curadoria e pesquisa da DOC. Ano passado o tema em pauta foi ‘Os Trabalhadores e os 30 Anos da Redemocratização do Brasil’.